"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
(Eduardo Galeano)

A semana que passou...

A semana pós dia das Mães foi complicada. Muitas evasões, esvaziamento da oficina e desânimo generalizado dos adolescentes. Os que receberam o benefício de saída pelo dia das mães voltaram bem desanimados questionando a real eficácia da medida, o longo período afastados da vida social e outros motivos. Em meio às evasões, perdemos nosso melhor escritor, D.H. Acabei me abatendo com as perdas também. Mas também pude constatar um fato positivo. Um dos exemplares do livro "De pernas pro ar" que estava emprestado para três meninos da oficina, que habitavam o mesmo quarto, desapareceu. Parece que um deles levou o livro e isso me deixou contente e surpresa.

Iniciamos a semana assistindo a dois filmes. O curta metragem "Ilha das Flores" de Jorge Furtado e "A história das coisas". O primeiro é um retrato irônico da sociedade de consumo e o outro aponta a impossibilidade de seguir esse modelo irresponsável de produção e consumo e revela as etapas deste processo que permanecem longe do nosso olhar. E isso não se dá por obra do acaso. Já dizia aquele provérbio popular: "o que os olhos não vêem, o coração não sente". Nos grupos mais antigos, os filmes encerram o capítulo "Curso Básico de Injustiça" e para os grupos que iniciam agora, o filme "A história das coisas" será a introdução para a leitura do livro. O próximo desafio será a preparação para o debate sobre segurança pública. Esperamos capacitar os educandos para participarem ativamente da Conferência Livre da Juventude que acontecerá no dia 06 de junho no DF.

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