"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
(Eduardo Galeano)

Texto produzido pelos socioeducandos DHC e EJA

O idealista

O mundo que vivemos é um mar de ambição, que se mistura com a intensa burocracia,  com terríveis critérios que define em classes sociais a humanidade, que segue um só propósito, a evolução e a perfeição, isso é o capitalismo. Ricos querem expandir sua fortuna, para isso exploram, escravizam e cometem muitas outras atrocidades do gênero, erguem grandes impérios, sofrem com a constante solidão que isso os proporcionam. 
O padrão de vida que escolhem é inaceitável, jamais teremos um planeta amigável, justo e com harmonia. A evolução familiar que são as crianças, adota o mesmo caráter dos pais, que prolonga mais ainda essa triste realidade. Por isso aperfeiçoe seu conhecimento, mostre sua capacidade, forme sua opinião, faça sua parte na revolução que o mundo necessita. Não fique oculto aos olhos da sociedade, insista em benefício dos seus ideais e assim terá êxito e um grande progresso contra os exploradores e manipuladores do capitalismo. No decorrer desse trabalho citarei muitos outros aspectos que agravam essa situação cada vez mais.

O mundo que queremos é viável a todos, não exclui raça,origem, ou religião. Fácil e acessível para o povo, que age em benefício da humanidade. A igualdade é  a base de tudo. Que o dinheiro seja substituído pela boa vontade e que a boa vontade seja o interesse de todos e que todos tenham sua parte em benefício do outro, que não sejam acomodados nem pressionados.
Que todos sejam condecorados com o fruto de seu trabalho. Com a união global estabilizada teremos um planeta pacífico que proporcionará a verdadeira felicidade e paz a todos que ali convivem.

O texto foi publicado na íntegra e sem correções.

2º encontro - 21/03/2009


No encontro passado pedi aos socioeducandos que assistissem a TV com novos olhos e trouxessem para o debate as informações captadas com o novo olhar. 
Um deles, E.J., comentou sobre a virada da mesa da tão falada operação Satiagraha: "O herói virou bandido e sobre os verdadeiros criminosos, nem mais uma palavra". "Os poderosos fazem as leis que só servem para os pobres.
Bandido rico é bandido livre." É surpreendente a capacidade de reflexão destes jovens. Assim que coloco uma nova informação, eles já trazem um exemplo, fazendo associações rápidas e pertinentes.
Construímos nossa "Linha do Tempo", recurso que nos ajudará a entender os fatos históricos num contexto único e não como fatos desconexos. No contexto do desenvolvimento do capitalismo, abordamos a história social da criança e o foco central do debate foi a constatação de que, após tantos séculos, a criança pobre ainda vive como na Idade Moderna: escravinhas e escravinhos dos pais, do sistema, da sociedade. D.H. deu-nos um exemplo muito bom usando a figura de D.Pedro II para ilustrar a figura da criança como mini-adulto.
Encerramos a oficina com a proposta de construção coletiva de um texto que deverá ser desenvolvido a partir do seguinte tema:

O mundo em que vivemos X o mundo que queremos

Participações mais que especiais neste encontro: 
Lisianny e Wesley

1º encontro - 16/03/2009

O primeiro encontro da oficina foi uma agradável surpresa. Os adolescentes foram totalmente envolvidos pelo conteúdo apresentado e participaram ativamente dos debates.
A oficina foi iniciada com a leitura do parágrafo introdutório do primeiro capítulo. A partir daí trabalhamos um breve histórico da colonização da América Latina afim de localizar a origem da história de exploração e injustiças a que fomos submetidos para desembocar no contexto de gigantesca desigualdade social em que vivemos hoje. No desenrolar da história chegamos ao objetivo principal que era identificar o início do capitalismo para conceituá-lo, entender seu processo de consolidação e seus mecanismos de manipulação como base de sustentação.