"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
(Eduardo Galeano)

Resultado da leitura da carta de Frei Betto - 15/09/09

A carta de Frei Betto sobre os presos comuns foi um sucesso nas turmas trabalhadas. Os educandos identificaram-se no texto e puderam refletir sobre a condição do presidiário, que não parece ter mudado muito, e também sobre seu futuro e suas possibilidades.
O texto abaixo foi escrito logo após a oficina e é resultado desta reflexão.


Reflexões - por E.R.L.

Em 1992, final de setembro, no hospital, meu choro era motivo de sorriso pra minha mãe. Um sonho lindo, primeiro filho homem. Pra sociedade, um perigo recém nascido, discriminado por ser pobre.

Minha mãe, que trabalhava o mês inteiro por um mísero salário, acreditava nos meus sonhos.

Com apenas 12 anos, que tempo bom, eu fazia vários planos de ter uma família unida, filhos, um trabalho, fazer um curso. Mas com a devida falta de oportunidade, eu não realizei meus sonhos. Acabei cometendo crimes e fui preso. Hoje pago por um erro que cometi e acredito na possibilidade de que quando sair daqui posso voltar a lutar pelos sonhos que tenho desde os 12 anos e que ficaram parados durante todo o tempo em que pago pelos erros que cometi e que jamais saíram dos meus pensamentos.

 

Um comentário:

Anônimo disse...

Emocionante...